Conheça a história do TM1
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Confira agora a História do TM1!
Há algum tempo, publicamos um artigo em nosso blog sobre o IBM Planning Analytics TM1. Nele abordamos desde a importância de contar com um software de planejamento empresarial até as principais funcionalidades do TM1, lembra?
Por certo, se você ainda não leu esse conteúdo, sugerimos que o faça logo após finalizar a leitura deste post.
Hoje, falaremos sobre a história deste software, começando a nossa abordagem com os primeiros passos do seu criador.
Vamos lá!
Tudo o que você sempre quis saber sobre o TM1
Para quem ainda não conhece a história, o fato de o TM1 ter mais de 30 anos de vida muito útil pode parecer uma grande incógnita. No entanto, basta prestar atenção na base do projeto para perceber que a sua vantagem em termos de rendimento é consequência bastante lógica.
Tudo começou nos anos 1980 com Manny Pérez, funcionário da distribuidora de petróleo Exxon International Company.
O departamento de Fornecimento e Transporte da companhia em Nova York tinha como principal função mover os suprimentos de petróleo ao redor do mundo. Estas operações eram monitoradas por um software interativo cuja base era o IMS da IBM que detinha o controle de navios e cargas.
Para ajudar as equipes de trabalho a planejar os abastecimentos mensais e trimestrais, a empresa instalou um sistema de planejamento limitado quanto às funcionalidades e extremamente caro para rodar.
Perante as dificuldades enfrentadas pela companhia, Lilly, colega de Pérez, sugeriu o desenvolvimento de um sistema de planejamento baseado na opção de compartilhamento de tempo de mainframe da IBM. Este sistema poderia substituir o IMS reduzindo assim, os custos de produção.
Manny gostou da ideia e assumiu a responsabilidade de criar este sistema. Durante o desenvolvimento do projeto, percebeu que, para obter a interatividade e multidimensionalidade necessárias, precisaria manter as estruturas de dados na memória do computador.
Após uma série de aprovações, o novo sistema foi instalado com sucesso em 1981.
De fato, a eficiência do sistema de planejamento foi tanta que Manny começou a buscar formas de explorar oportunidades e assim, comercializá-lo.
Como o computador pessoal da IBM ainda não tinha sido anunciado e o Apple II ainda não era popular no meio corporativo, Manny implementou em sistema público de mainframe.
Pouco tempo depois, o computador pessoal da IBM foi anunciado com um ambiente de desenvolvimento de baixo custo. Finalmente, Manny concretizaria o seu objetivo!
Logo após concluir essa etapa, Pérez conheceu a planilha VisiCalc e entendeu que era a interface ideal para o promissor Banco de Dados Funcional.
A ideia do gênio era integrar o banco de dados multidimensional em uma planilha conectando as células do banco com as células da planilha. Isto melhoraria a experiência de usuário em termos de desempenho, potencial escalável e intuitividade.
O seu próximo passo foi comprar um PC IBM com 256k de memória e 2 drives disquetes e colocá-los em seu sótão pondo em prática a sua visão.
No verão de 1983, Manny tinha um protótipo pronto, fato que o fez deixar a Exxon para se dedicar integralmente ao projeto do Banco de Dados Funcional, implantando negócio junto ao seu ex-colega e amigo, José Sinai, a Sinper Corporation.
Na mesma estação, o primeiro Banco de Dados Funcional, o TM1, desembarcou na conferência PC Expo na cidade de Nova York. O projeto constava de banco de dados de cubos multidimensionais, planilha proprietária usada como interface de usuário e ferramentas para construir cubos e dimensões.
Apesar das expectativas positivas de Manny, a realidade foi bem diferente da almejada: a maior parte do público recebeu o TM1 de forma apática.
No entanto, a pequena parcela que abraçou a causa e entendeu a proposta, não demorou muito para se converter em promotores do sistema. Inclusive, muitos profissionais de empresas que ganharam o mercado eram verdadeiros fãs da ferramenta.
Inicialmente, os negócios não renderam os resultados esperados e isso só mudou quando apareceu no mercado a versão cliente/servidor permitindo o uso da Lotus 1-2-3 e do Microsoft Excel como clientes.
Ao ver o sistema crescer, algumas empresas tentaram competir, contudo, falharam quebrando rapidamente.
Ao longo dos anos, a empresa continuou crescendo lentamente encarando um mercado sem concorrência e com uma base de usuários leais.
Percebendo que os ajustes no produto original estavam agradando as empresas, Manny continuou trabalhando em melhorias baseando-as na experiência e nas demandas de quem lidava com o software diariamente. Situação que deu origem ao ciclo do TM1 com 6 passos, abordagem que o transformou em ferramenta pragmática e valiosa até hoje.
A era do crescimento
Em 1996, a Applix comprou o Sinper ou TM1 Software. Ao longo dos anos, foram adicionadas novas funcionalidades como o TM1 Web que permitiu aos usuários criar aplicativos em planilhas.
A partir dos anos 2000, a computação de 64 bits começou a sua evolução como mainstream colaborando com a escalabilidade e a redução do preço da memória do TM1. Estes efeitos foram decisivos para a maior acessibilidade do sistema.
No final do ano 2007, Cognos comprou a Applix e, quatro meses depois, a IBM adquiriu a Cognos.
Desapareceu nesse instante um dos principais entraves reconhecidos por Manny para o sucesso do TM1: o tamanho da empresa.
Pela primeira vez, a sua criação estava sendo vinculada a uma marca reconhecida mundialmente.
A IBM, reconhecendo o valor e potencial do software, colocou a sua equipe de especialistas a postos para desenvolver melhorias de escalabilidade como interação paralela. Desta forma, o TM1 alcançou o patamar atual em termos de eficiência e reconhecimento.
Como você pode perceber, a manutenção no mercado e a otimização do software TM1 da IBM não é uma façanha, se não uma resposta adequada e diretamente proporcional ao nível de qualidade desenvolvido ao longo dos anos.
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